Continuando com as ilustrações de "A Ponte de Thor", podemos ver abaixo a interpretação de Gilbert para o milionário viúvo de Maria Pinto, o americano J. Neil Gibson, um implacável homem de negócios que se tornou milionário encontrando ouro na Amazônia.
Watson fez uma descrição nada simpática do personagem na primeira vez que o viu, na história que se passa, segundo os estudiosos da cronologia das aventuras de Sherlock Holmes, no ano de 1900:
Às onze horas em ponto, ouvimos pesados passos na escada, e o famoso milionário foi introduzido na sala. Assim que olhei para ele, compreendi não somente os temores e a aversão de seu administrador, mas também as pragas que tantos rivais nos negócios lhe têm amontoado sobre a cabeça. Se eu fosse escultor e desejasse idealizar um bem-sucedido homem de ação, de nervos de aço e consciência impenetrável, escolheria o Sr. Neil Gibson como modelo. A figura alta, atlética, angulosa, tinha um não sei quê de faminto e ganancioso. Um Abraham Lincoln que tivesse sido talhado para o mal, em vez de o ser para atos elevados, daria uma idéia do homem. O rosto podia ser esculpido em granito, tão duros eram os traços, anguloso, indiferente ao remorso, com sulcos profundos como marcas de muitas crises. Dois olhos cinzentos e frios, encimados por sobrancelhas eriçadas, examinaram-nos astutamente. Fez uma inclinação superficial, e, quando Holmes mencionou o meu nome, logo, com um ar soberano de quem manda e não pede, puxou uma cadeira para perto do meu companheiro e sentou-se, quase tocando-o com seus joelhos ossudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário