17.7.09
O perfume da última noite
Livremente inspirado em "Planos de papel", de Raul Seixas
Por R.R. Londero
Um homem.
Um homem deitado em uma cama.
Um homem deitado em uma cama, em um quarto cinza de aluguel.
Um homem deitado em uma cama, em um quarto cinza de aluguel, rodeado por bolas amassadas de papel.
“Hotel do Sossego” é o nome inscrito no lençol da cama.
Um punhal.
Um punhal debaixo de um travesseiro.
Um punhal debaixo de um travesseiro escorrendo sangue pelo lençol.
Um punhal debaixo de um travesseiro escorrendo sangue pelo lençol que brilha vermelho ao encontrar o sol (que invade por uma fresta entre as cortinas).
Uma ilha paradisíaca é retratada por um jornal jogado ao lado da cama.
“Ah, Fernanda, o que você esperava de mim? Que fugíssemos juntos para Noronha? Não, Fernanda! Eu quero ficar aqui, sozinho.”
Um armário.
Um armário trancado.
Um armário trancado escondendo uma mulher.
Uma mulher.
Uma mulher morta.
Uma mulher morta exalando um perfume.
O perfume da última noite.
Por R.R. Londero
Um homem.
Um homem deitado em uma cama.
Um homem deitado em uma cama, em um quarto cinza de aluguel.
Um homem deitado em uma cama, em um quarto cinza de aluguel, rodeado por bolas amassadas de papel.
“Hotel do Sossego” é o nome inscrito no lençol da cama.
Um punhal.
Um punhal debaixo de um travesseiro.
Um punhal debaixo de um travesseiro escorrendo sangue pelo lençol.
Um punhal debaixo de um travesseiro escorrendo sangue pelo lençol que brilha vermelho ao encontrar o sol (que invade por uma fresta entre as cortinas).
Uma ilha paradisíaca é retratada por um jornal jogado ao lado da cama.
“Ah, Fernanda, o que você esperava de mim? Que fugíssemos juntos para Noronha? Não, Fernanda! Eu quero ficar aqui, sozinho.”
Um armário.
Um armário trancado.
Um armário trancado escondendo uma mulher.
Uma mulher.
Uma mulher morta.
Uma mulher morta exalando um perfume.
O perfume da última noite.
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