Devia ser umas onze horas da noite, ou até mais tarde do que isso, quando o figura arrombou a porta da redação e entrou xingando todo mundo. Quer dizer, na verdade ele não arrombou nada. E nem conseguiria; o cara não é mais forte do que um pardalzinho com fome. Quem entrou chutando tudo foi o seu guarda-costas. Agora que ele tinha conseguido o título de barão, Barão do Dona Marta, ele só andava com guarda-costas. Para a nobreza carioca, ter um guarda-costas era tão importante quando o título em si, era uma espécie de complemento indispensável. O que não deixa de ser um bom negócio para os guarda-costas.
Mas esse barão, não se sabe exatamente por quê, estava irado com um dos mais novos talentos jornalísticos a serviço de Sua Majestade Imperial, o repórter Ronaldo Cetro. Cetro tinha escrito, é verdade, um artigo sobre a outorga do título ao Barão do Dona Marta devido aos serviços por ele prestados ao Império por ocasião da visita do pop star plebeu Michael Jackson. O Barão cedeu sua casa no morro Dona Marta, aquela favela, como camarim para o astro plebeu. Em vista disso, o título lhe foi outorgado às pressas para evitar que o astro plebeu fosse hospedado por um favelado igualmente plebeu. Agora ele era favelado, sim, mas não obstante um membro da nobreza imperial brasileira!
Era natural, portanto, que a Folha Imperial, um jornal sempre a serviço de Sua Majestade Imperial, colocasse o novo barão na primeira página, deixando o visitante estrangeiro, um plebeu, na página interna. A manchete, é claro, era tipicamente Folha Imperial, exaltando o talento que preenche todas as suas páginas:
NOBREZA FAVELADA:
NOVO BARÃO QUER O SEU EM CACHAÇA
E, abaixo dessa manchete, cobrindo a outra metade da página, uma foto do novo barão segurando o título de nobreza impresso em letras góticas com uma das mãos e um copo de cachaça com a outra. A legenda da foto dizia: "Posso trocar esse troço por um vale-cachaça?"
Obviamente o barão, na sua nobre ignorância, não sabia apreciar o verdadeiro talento jornalístico. Ao invés de ficar grato por sua recém-adquirida notoriedade, o barão preferiu investir contra Cetro e a Folha Imperial.
A bem da verdade, Cetro não ficou sabendo de todos os detalhes do que aconteceu naquela noite na redação da Folha, mesmo porque nesta mesma hora ele estava passando mais uma noite em frente ao Paço Imperial. Um dos camelôs que ocupam esta praça durante o dia tinha cedido as instalações de sua barraca para Cetro passar a noite na vigília.
Desde que Sua Alteza Imperial Príncipe do Grão-Pará, herdeiro do trono, tinha retornado ao Paço Imperial no Rio de Janeiro após alguns meses de descanso no Palácio Imperial de Petrópolis, vários jornalistas faziam plantão em frente ao Paço, tentando flagrar o príncipe saindo para mais uma de suas grandes noitadas. Já era a quarta noite seguida que Cetro e Dida, o fotógrafo, passavam sentados atrás da droga da barraquinha do camelô.
Quando deu meia noite o fotógrafo já não aguentava mais:
-- Mas que porra, Cetro! O Joãozinho não vai sair mais hoje. Eu acho melhor a gente ir dormir em casa, só pra variar um pouco.
-- Tu tá duvidando? Boêmio que é boêmio não aguenta passar quatro noites seguidas em casa.
Sentado num banquinho e com uma cópia da agenda imperial na frente, Dida apontou pra página que descrevia o dia de Sua Alteza:
-- Olha aqui. O Joãozinho não vai inaugurar nenhuma casa nova do Ricardo Amaral hoje. A agenda dele terminou às oito da noite e ele voltou pro Paço. Eu não acredito muito nessa coisa de fugir escondido. Ele não é invisível e ele sabe disso. Quando ele tem compromisso à noite ele aproveita pra dar uma esticada, mas quando não tem ele não pode fazer nada porque tá todo mundo de olho nele.
-- Cala a boca e olha pr'aquela janela lá -- disse Cetro, apontando pro Paço.
Dida olhou pela teleobjetiva da máquina: -- Num tô vendo ninguém.
-- Mas a cortina abriu...Se liga. Fica com o dedo no botão.
De repente Cetro viu um vulto passando pela janela.
Dida clicou. Ele não usava flash à noite, só filme sensível.
-- Quem era? -- Cetro perguntou.
-- A Terezinha; acho.
Cetro pegou a agenda imperial para ver se a Terezinha,
Sua Majestade Imperial d. Maria Teresa I, Imperatriz do Brasil, estava mesmo no Paço. Ele tinha certeza de que o príncipe herdeiro estava, mas não a atual chefe de Estado.
-- Não, Dida, não pode ser ela. Ela tá junto com o Visconde de Higienópolis e o Duque de Pinel numa festa na embaixada britânica. Ela e o corno consorte.
O assim-chamado corno consorte, primo do rei da Espanha e esposo de d. Maria Teresa, era uma pobre vítima do humor brasileiro desde o casamento. D. Maria Teresa nunca tinha escondido de ninguém sua queda pelos astros estrangeiros que visitavam o Brasil no carnaval e que brilhavam nos cassinos cariocas. Seu novo alvo, diziam, seria Mel Gibson, apesar de ela ser mais velha do que a mãe dele. Ninguém nunca provou nada, mas que o Príncipe do Grão-Pará tinha a cara do Marcelo Mastroiani, tinha.
-- Festa?! Então por que que não mandaram a gente pra lá?
-- Porque não tem nada pra gente lá. Além da Terezinha, do primeiro-ministro e do prefeito do Rio não tem mais nenhum nobre por lá. Eles tão comemorando a chegada do novo embaixador britânico, que nem sangue azul tem.
-- É ruim...Bem que a Lady Di podia ter vindo junto...
Cetro riu: -- Se ela tivesse aqui, o Joãozinho tava colado nela.
Meses antes, a Folha Imperial tinha lançado a nova bomba: o príncipe estava a fim da Lady Di. Eles tinham sido vistos--e fotografados!--juntos numa praia do Caribe. Ambos vestidos, infelizmente. E acompanhados por outras pessoas.
Mas isso não era importante; o importante era que a idéia estava lançada, a semente estava plantada. A partir daquela foto centenas de páginas da Folha puderam ser preenchidas durante meses. Graças à Folha não se falava em outra coisa no Império; as pessoas discutiam por causa dos preparativos imaginários do casamento, dos nomes que teriam seus filhos (se em português ou inglês), das implicações constitucionais para ambas as monarquias (sendo ela princesa de Gales e do Grão-Pará ao mesmo tempo), e até por causa da imaginária fusão do Reino Unido ao Império do Brasil. E tudo isso por causa de uma foto! O poder da Folha Imperial espantava até aos seus próprios autores.
E era de uma nova e poderosa bomba como esta que a Folha estava precisando. Barões favelados não duram mais do que duas manchetes. Era preciso algo realmente grande, e de preferência apresentado e monopolizado por este jovem e leal súdito de Sua Majestade, Ronaldo Cetro.
Dida mirava sua teleobjetiva para o pequeno estacionamento ao lado do Paço quando viu o portão ser aberto. Ele virou pro Cetro e perguntou:
-- Os funcionários do Paço não saem às cinco?
-- Quando não tem nenhuma solenidade à noite, sim.
-- É que tem uma loira saindo num chevetinho podre. Só pode ser funcionária.
-- Então é.
Cetro não estava muito interessado.
O chevetinho podre passou em frente à barraquinha onde eles estavam. O escapamento estava detonado. Cetro então olhou pro chevette e pra loira:
-- Nossa! Que coisa horrível! Parece um travesti!
A loira acelerou fundo e, quando chegou na esquina, reduziu a marcha antes de fazer a curva cantando os pneus.
Cetro deu um pulo: -- Putaquepariu! Corre pro carro!
-- Que foi?
-- Corre pro carro, caralho!
Dida nem tinha fechado a porta do passageiro quando Cetro arrancou pra ir atrás do chevette.
-- Tu tá achando que aquela loira é ele?
-- É só um pressentimento...
-- Mas ele ia se arriscar saindo assim, sem guarda-costas nem nada?
-- Tu ouviu a reduzida que ela deu antes de fazer a curva?
-- Ouvi, e daí? Tu acha que mulher não faz isso?
-- Não, não é isso. Acontece que aquela não foi uma reduzida comum; foi um "taco".
-- Um o quê?
-- Taco. Punta-taco. Isso é coisa de piloto. Antes de fazer uma curva, todo piloto freia e acelera ao mesmo tempo, com o mesmo pé, enquanto reduz a marcha. Se ele não der essa acelerada na redução, o cambio estoura.
-- O meu nunca estourou...
-- Eu tô falando de pista, alta velocidade, rotação máxima, essas coisas; é claro que isso não vai acontecer na rua...
-- Pode parar, Cetro. Eu num tô entendendo nada.
-- Tudo bem. Eu só tô te dizendo que esse "taco" é um vício de piloto. É isso. Tu acha que o Paço tem alguma funcionária pilota?
-- Bom, o Joãozinho é piloto, mas isso não quer dizer nada. Ele é um piloto de merda. Quer dizer, ele nunca chegou aos pés do falecido Conde de Interlagos.
E nem o Ronaldo Cetro. O que não o impedia de tentar.
Neste exato momento Cetro pilotava pelas ruas da capital do Império como se fosse o próprio Conde fugindo de Schumacher no circuito de Ímola. A esperança de Dida era de que não houvesse uma curva Tamburelo no seu caminho.
Para alívio de Dida, a perseguição não durou muito. O chevetinho podre parou em frente à casa noturna do Sargentelli e os manobristas de repente não sabiam o que fazer com aquela poluição visual na porta da casa. Eles deram risada do carro antes que um deles fosse falar com a loira. Enquanto isso, Cetro parou do outro lado da rua.
Dida e sua teleobjetiva voltaram a ver a loira de perto: -- A loira tá saindo do carro...
-- Tu tá vendo ela direito?
-- Tô, mas...ela é um cara! Um cara de boné!
-- Isso eu também tô vendo...Olha! O manobrista se curvou pro cara!
O drive da máquina fotográfica do Dida estava rodando sem parar; ele deve ter tirado mais de vinte fotos de uma vez. Cetro estava louco pela confirmação:
-- E aí? É ele?
-- É, é o Joãozinho.
-- Nossa! Que demais, cara! Que flagra!
A cabeça de Cetro estava a mil. Todas as conclusões naturais daquilo apareciam de uma vez só: Sargentelli... mulatas...sexo!...devassidão imperial na primeira página!
Ele abriu a porta do carro, virou pro Dida e disse:
-- Eu vou até lá. Continua fotografando tudo. Se acontecer alguma coisa comigo, fotografa tudo.
O porteiro da casa perguntou se ele ia entrar e ele disse que não, que estava apenas esperando uma pessoa. Ele sabia que o príncipe não ia demorar muito porque os manobristas tinham deixado o chevetinho bem na porta, com poluição visual e tudo.
Cetro chegou mais perto de um dos manobristas: -- Tu sabe de quem é esse carro? -- ele perguntou, apontando pro Chevette.
-- É de um amigo da casa. O carro principal dele deve tá quebrado.
-- Tu conhece ele?
-- Já falei: ele é amigo da casa.
-- Então ele vem sempre aqui...
-- Não muito...
Cetro tirou um documento do bolso e mostrou pro manobrista: -- Olha, eu sou repórter da Folha Imperial e eu tô sabendo que foi o príncipe que chegou aqui neste carro. Será que tu não poderia me dizer com quem é que ele tá saindo...
Ele olhou pro lado e disse: -- Eu num sei de nada.
Cetro tirou os quarenta réis que ele tinha no bolso e ofereceu pro manobrista. Ele pegou e disse:
-- Ele tá saindo com a Rosinete.
-- Só com essa?
-- É. Só com a Rosinete.
-- Quantos anos ela tem?
-- Dezoito -- ele disse e riu.
Cetro riu também: -- Já entendi...Faz tempo?
-- Uns dois meses, acho.
-- Mas ele tava em Petrópolis!
-- Eu sei. Todas as meninas foram fazer um show lá e ele escolheu a Rosinete.
-- Ela é bonita?
-- A Rosinete é a mais bonita de todas; é uma princesinha.
Neste momento, o motorista do Chevette, ainda usando um boné, saiu correndo em direção ao seu carro com uma mulata ao lado. Cetro levantou a voz:
-- Vossa Alteza!
O príncipe parou e olhou pra ele: -- Pois não?
Cetro ficou surpreso com a sua cordialidade. Ele estava até sorrindo!
-- Perdoe-me por esta intromissão, Alteza, mas eu sou o repórter Ronaldo Cetro da Folha Imperial...
O príncipe estendeu a mão: -- Ah, sim, muito prazer.
-- O prazer é todo meu, Alteza. Eu só estava interessado em saber, em nome da Folha Imperial, quais são os seus planos com relação a esta jovem dama, dona Rosinete.
O príncipe deu uma gargalhada. Obviamente ele não esperava que este jovem e talentoso repórter estivesse tão bem informado. Cetro tinha conseguido impressionar Sua Alteza!
-- Posso lhe pedir um favor, Ronaldo?
-- Sem dúvida. Será uma honra, Alteza.
-- Não se deixe levar por especulações sórdidas. Dona Rosinete é uma moça séria e que merece o maior respeito por parte de todos os súditos do Império. Se tudo suceder como espero, eu farei um anúncio oficial no momento oportuno.
Cetro ainda estava meio atordoado pela cordialidade imperial de d. João quando voltou pro carro.
-- E aí? O que é que ele te disse? -- o Dida perguntou.
-- "Muito prazer".
* * *
A redação da Folha Imperial nunca tinha sido um lugar muito especial para ele. Quer dizer, ela não era aquele tipo de lugar em que, logo quando você entra nele, você sente que é o lugar onde você quer passar o resto da sua vida.
Bom, mas não era isso o que ele estava sentindo hoje; hoje a redação da Folha era o melhor lugar do mundo. Cetro entrou nela com o peito estufado e com um dos exemplares da Folha de hoje nas mãos. A manchete, em letras garrafais, dizia:
PLACAR IMPERIAL:
LADY DI 0 x 1 MULATA DO SARGENTO
E, logo abaixo, a foto tirada por Dida. Cetro pôs o jornal mais perto do seu rosto pra ver os detalhes: a foto mostrava Sua Alteza o cumprimentando, com a Rosinete no primeiro plano, prestes a entrar no carro. Graças à nova tecnologia, o chevetinho podre já era; em seu lugar aparecia um Omega novinho. O mesmo tinha acontecido com o boné que Sua Alteza usava naquela noite; ele tinha sido banido da foto. De resto, era uma foto 100% autêntica. Sua legenda dizia: "Ladeado por sua nova paixão, Sua Alteza Imperial cumprimenta Ronaldo Cetro."
O artigo--na verdade uma narrativa na primeira pessoa por Ronaldo Cetro--descrevia tanto a aventura daquela noite como a nobre e incansável luta de Sua Alteza em busca da futura imperatriz e mãe de seu herdeiro. Em respeito ao pedido de seu novo amigo, o príncipe, Cetro não exagerou no detalhamento das atividades profissionais de uma mulata do Sargentelli. Ao mesmo tempo, ele não afirmou--ao menos não categoricamente--que ela era menor de idade.
Ao chegar à sua mesa de trabalho, Cetro encontrou uma folha impressa em cima do seu teclado. Preso à folha, havia um bilhete que dizia: "busque confirmação sobre isto". A folha era um rascunho para o editorial do dia seguinte, escrito pelo editor, um velho monarquista, fanático e tradicionalista. Neste editorial em particular, ele se protegia muito mal de qualquer futura alegação de preconceito ao chamar Rosinete de "jovem mestiça"...jovem mestiça!
Bom, mas a alegação do velho era outra; era sobre velhas regras e tradições. Como ela certamente era plebéia, não havia possibilidade de casamento e ponto final. O velho, por conveniência, tinha esquecido o fato de que na monarquia brasileira títulos de nobreza eram distribuídos a granel. A confirmação de que o velho precisava era a de que Rosinete não tinha nenhum ancestral nobre. Isso ia ser fácil; alguns telefonemas iam resolver esse assunto.
Mas a redação da Folha estava mais do que agitada nesta manhã. Depois de ter ligado pra casa noturna do Sargentelli, conseguido o telefone da Rosinete, ligado pra ela e ter sido aconselhado por sua mãe a ligar para um certo advogado que esclareceria tudo, Cetro parou tudo para receber a visita do dia, uma senadora do PTR, junto com os seus deodoros.
Era incrível como os deodoros adoravam essas visitas de provocação! E, dentre todos os deodoros, os do Partido dos Trabalhadores Republicanos eram os mais radicais. Eles até achavam que o Deodoro em pessoa, Deodoro da Fonseca, o traidor dos traidores, condenado à morte pela tentativa de golpe contra d. Pedro II e anistiado pelo mesmo -- eles até achavam que essa desprezível figura histórica, origem do apelido dos republicanos brasileiros, devia ser homenageado como herói. Que insolência!
Cetro não fez mais nada além de levantar de sua cadeira enquanto os deodoros passavam; eles não mereciam mais do que isso. Depois que eles entraram na sala do editor, Cetro voltou ao seu telefone e ligou para o tal advogado de Rosinete para saber o quê, afinal de contas, ele tinha a esclarecer.
* * *
A sala do editor estava lotada, mas o Cetro entrou assim mesmo. O que foi um alívio pro velho, que já não estava mais aguentando aquela velha cantilena dos deodoros. No meio de todos aqueles deodoros, ele deu um sorriso de orelha a orelha e levantou a voz pra dizer pro editor:
-- Eu não consegui a confirmação daquilo que o senhor pediu. Pelo contrário, o advogado dela me disse que tem um processo de paternidade correndo na justiça. A mãe dela é solteira.
O velho não entendeu nada: -- E o que é que isso tem a ver com o fato de ela ser plebéia ou não?
-- Segundo o advogado, o exame de DNA vai provar que ela é filha do Marquês de Santos.
O Marquês de Santos e atual ministro extraordinário dos esportes no gabinete do Visconde de Higienópolis tinha namorado várias mulheres, tanto famosas como desconhecidas, de misses a rainhas de baixinhos, e por isso processos de paternidade não eram surpresa em sua vida. O negrão já tinha comido todas!
Antes de sair daquela sala infestada de deodoros, Cetro virou pro velho editor monarquista, ergueu o punho direito, e gritou:
-- A monarquia está salva! Viva o Império!
Ao ouvir isso, o sangue do velho ferveu. Ele se levantou, ergueu o punho, e gritou:
-- Abaixo os deodoros! Viva o Império do Brasil!
Bom, no final das contas esses deodoros acabaram colhendo o que plantaram. Onde já se viu uma coisa dessas, querer transformar o Império, com todo esse agito saudável, esse charme internacional e esse alto astral, numa republiqueta violenta e miserável como tantas outras...
Esses deodoros são ridículos!
Este texto foi publicado, entre outros lugares, na coletânea de história alternativa Phantastica Brasiliana.
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